Apresentação
A N16 (ou EN16) é a Estrada Nacional que assegura a ligação de Aveiro (hoje a partir de Angeja) à vila fronteiriça de Vilar Formoso. Foi construída na década de 1930 tendo tido nessa altura a classificação de Estrada Nacional nº8 (EN8-1ª). Chegou a Vilar Formoso por volta de 1938, que coincide com a data da recuperação da Ponte de São Roque sobre o Rio Côa.

Com o Plano Rodoviário Nacional de 1945 recebe a designação actual de Estrada Nacional nº16 (EN16) assumindo o importante papel de assegurar uma ligação do porto de Aveiro à maior fronteira terrestre portuguesa - Vilar Formoso.
Com uma extensão total de aproximadamente 220km esta estrada era à época muito percorrida por ligeiros e pesados ligando pelo caminho sete sedes de concelho (Albergaria-a-Velha, Oliveira de Frades, Vouzela, São Pedro do Sul, Mangualde, Fornos de Algodres e Celorico da Beira) e três capitais de distrito (Aveiro, Viseu e Guarda).
Na década de 1980 inicia-se a construção do IP5, uma via rápida com limite até 100km/h que irá ligar Aveiro à fronteira para resolver os frequentes congestionamentos nas localidades e em particular no troço final de Castelo Bom a Vilar Formoso (onde se formavam filas na alfândega superiores a 10km, especialmente no Verão). Com isto o percurso era reduzido a cerca de 200km e 3 horas (último troço concluído em 1991).

Com vários defeitos de projecto e construção (vias únicas sem separação física, curvas apertadas, marcações horizontais confusas e sinalização pouco clara) a nova via rápida começa a registar uma elevada sinistralidade ganhando rapidamente o título de Estrada da Morte. Por isso e por se encontrar esgotada (cerca de 15.000 veículos/dia no ano 2000 com um terço atribuído a veículos pesados) em 2006 ganha perfil de autoestrada passando a designar-se por A25 sendo a maioria do traçado construído em cima da via rápida (o que gerou alguma controvérsia na introdução de portagens em 2011). O percurso de Aveiro a Vilar Formoso passa então a poder ser feito em menos de 2 horas.
Actualmente a N16 é uma estrada pouco movimentada mas de elevado interesse turístico em especial nos troços:
Albergaria-a-Velha Ribeiradio (Vale do Rio Vouga)
Guarda Fornos de Algodres (Serra de Alvendre e Vale do Rio Mondego)
Alto de Leomil Vilar Formoso (Aldeias Históricas, Castelo Bom e Castelo Mendo)
Atravessa seis rios (Caima, Vouga, Zela, Dão, Mondego e Côa) e para além destes fazem-se também vários quilómetros em arvoredo cerrado de pinheiros e eucaliptos gigantescos (região de Viseu).

No final, já passando a Guarda a paisagem muda para um bonito planalto granítico que acompanha até à fronteira. Passa também por regiões onde predominam grandiosas casas senhoriais (solares) - alguns recuperados outros ao abandono mas muitos que merecem ser contemplados pela sua beleza e valor histórico.
A sua extensão total ronda os 224km (222km desde Angeja) sendo que o primeiro marco quilométrico surge apenas aos 22km e o último aos 222. A nacional apesar de ter um traçado muito curvilíneo é fácil e agradável de percorrer sendo que na sua grande maioria tem largura suficiente e boas condições de asfalto - existe alguns troços pequenos de mau piso assinalado e nalgumas localidades há calçada (que era o piso original).

Poderá ser feita no sentido que for mais conveniente idealmente em meses de Primavera, Outono e mesmo em dias mais frescos de Verão aproveitando as várias praias fluviais pelo caminho.
De ponta a ponta são necessárias 4h30 a 5h30 horas a ritmo normal sem pressas (e sem paragens) pelo que será possível fazer este itinerário com algumas paragens num longo dia. No entanto, dado o elevado número de pontos de interesse pelo caminho recomendamos um mínimo de dois dias com uma pernoita na cidade de Viseu que é curiosamente o local onde a N16 se encontra perpendicularmente com outra estrada importante, a N2
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