Uma volta a Pilas


Dia 3, Ubrique

Recompostos voltámos à estrada. Esquecemos a ida a Algar, já tínhamos visto nevoeiro que chegasse. E a propósito disso, tínhamos alguma esperança que o nevoeiro desaparecesse ao sair da Serra. De facto ficou melhor, mas a chuva nem por isso. Mais água e mais vento, foi o que apanhámos até à proximidade de Sevilha. Por vezes era insuportável. Mas lá seguimos mantendo sempre a boa disposição! Felizmente a temperatura não estava mal, e não passámos frio. À entrada de Sevilha, seguia à frente guiado pelo GPS, que estupidamente nos fez entrar pela cidade dentro. Não era a primeira vez que acontecia, já na Rota Berber tivemos este erro no percurso. Sempre que se passa pelas imediações de Sevilha, há ali qualquer parvoíce no TomTom que o impede de passar ao largo da cidade! Demos meia volta e encarrilhámos em direcção a Huelva, a terra do morango.
Mesmo com as contrariedades meteorológicas não estávamos atrasados, e provavelmente até daria para almoçar no destino. Mas tinha dúvidas que houvesse alguma coisa de interessante para almoçar em El Rocio. Trata-se de uma aldeola equestre fundada em redor de um santuário, e do que me lembro, comes e bebes não são o seu forte. Assim decidimos almoçar pelo caminho nalgum boteco que encontrássemos. No caminho passámos por Pilas, e claro tivemos de tirar uma foto!

Demos uma volta a Pilas, na esperança de comer alguma coisa de jeito. Mas Pilas não tem onde comer. Ou melhor, o pouco que havia estava encerrado, e estávamos em pleno horário de almoço, que é como quem diz, depois das 14h00. Andámos por Pilas acima e Pilas abaixo, a apanhar chuva, e desistimos. Não ficámos impressionados com Pilas. Claramente fica o conselho, não vão a Pilas, não vale a pena.

sem comentários

Já prestes a entrar no parque natural de Doñana,e ainda sem sítio para comer. De repente, depois de uma rotunda, demos com o “Meson de Gato”… Veio mesmo a calhar, e parámos logo ali. Tinha estacionamento coberto, o que vinha mesmo a calhar. Entrámos, tinha bom aspecto. Decoração tradicional e com aspecto de restaurante igual aos nosso.

Tirámos as luvas e despimos os casacos que ficaram literalmente a pingar.

Uma salada para “entrantes” e uns bifinhos para cada um.

Estava bom e o empregado era bem simpático. Quis saber de onde eramos e ia dizendo umas palavras em português, dizia ele que havia muito português por aqui por causa da apanha do melão e morango. A refeição calhou-nos fabulosamente bem, e para finalizar em grande estilo uma especialidade loca, uma espécie de pudim de queijo que estava simplesmente divinal.

Efectivamente se houve coisa que não calhou mal durante a nossa viagem, foram as refeições! Tudo muito bom e a preços razoáveis, que é a meu ver coisa não muito frequente em Espanha. Café “solo”, que veio curto e que não ficou a dever em nada às bicas portuguesas, outra coisa rara. Ficámos mesmo bem! Despedidas e voltar a vestir casacos para mais uns quilómetros até El Rocio.

Mais chuva pelo caminho e finalmente chegávamos ao destino.



Leave a message