"Ombre Rosse"


Dia 10, El Jadida

Acordámos depois de uma noite bem dormida. Abri a janela e espreitei para a praça, a ver se o guarda lá estava… E estava mesmo, a tomar o pequeno-almoço.

Rotina da manhã, despachar as coisas e subimos ao telhado para o pequeno-almoço.

vistas do topo do dar, a partir da fortaleza

Lá em cima, já nos aguardava uma mesa com o menu habitual: café, chá, pão, doce, mel e crepes marroquinos. O dia estava promissor, céu descoberto e temperatura amena. Mandámo-nos ao pequeno almoço e pouco depois surge o Massimo envergando uns estilosos óculos escuros e uma T-shirt amarela fluorescente com o logo dos “Ombre Rosso”, o grupo de amigos motard de Veneza.

"ombre rosse"

Ligou a televisão que ali havia, marcou o canal das notícias e depois magicamente seleccionou um serviço de tradução em português… As maravilhas da televisão digital de satélite. Ficámos um pouco à conversa, acertámos as contas e estava na hora de partir. O guarda já lá não estava, já tinha cumprido o seu serviço. Parece que até apanhou um pouco de chuva durante a noite.

Carregámos as motos, alinhámo-las e tirámos uma foto com este castiço italiano. Um tipo boa onda, que gosta de gozar bem a vida. A estadia neste dar, teve um ar mais intimista e ficou mais a sensação de ficar na casa de um amigo, do que propriamente num hotel. Quando reservámos aqui a estadia, e pela localização estávamos com a ideia que seria uma excelente escolha, e acabou por ser ainda melhor do que esperávamos!

interior do dar

Despedidas e arrancámos, saindo pela última vez do exterior da fortaleza portuguesa.

os três estarolas e o gondoleiro

O itinerário de hoje contemplava mais um pouco de estrada costeira até às proximidades de Casablanca, onde desviaríamos para a auto-estrada até Assilah, o nosso destino. Seria a primeira vez também que iríamos rolar numa auto-estrada marroquina.
Mais um pouco de estrada costeira até às proximidades de Casablanca, onde evitámos percorrer a cidade e ingressámos na auto-estrada. E que grande confusão que é este acesso. Muito trânsito, semáforos, o caos! Ainda fizemos uns quantos quilómetros em ritmo moderado por traçado desacertado, até chegarmos a um troço capaz de se qualificar como auto-estrada e seguimos por ali uns quantos quilómetros. De aspecto, nada de muito diferente das nossas, duas a três faixas delimitadas com rail, e portagens em tudo iguais ao que estamos habituados, excepto no preço que aqui é bem mais razoável.

Saímos da A3 (Casablanca/Rabat) nas imediações de Rabat e desviámos para a A1 (Rabat/Tanger) sempre rumando para Norte.
Logo depois de entrar parámos na primeira estação de serviço para almoçar. Hoje tinha mesmo de ser por aqui, havia ainda muito quilómetros a percorrer por auto-estrada sem passar por localidades. Na estação pedimos umas pizzas e hambúrgueres e para rematar mais um daqueles crepes folhados marroquinos recheados com mel.

almoço meio-marroquino na estação de serviço

Não demorámos muito, e voltámos à estrada.



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