Chorizo e morcilia


Dia 3, Serra Nevada

Subimos até ao ponto mais alto da estrada, aos 2000 e tal metros de altitude. Não chegámos a parar aí, o sítio não convida, não há vista para nada. Parámos na estrada, mais adiante, já na encosta Norte onde a vista era grandiosa.

E depois descemos tranquilamente a encosta.

Estava na hora do rancho… Pelo que acertámos que iríamos parar no primeiro tasco que nos aparecesse à frente.

Quando passámos por La Calahorra à saída da Sierra Nevada, fomos logo à procura de um.

Demos por ali uma volta e não encontrámos nada… Quando nos preparávamos para seguir caminho, eis que numa esquina se encontrava um bar… É mesmo aqui.

De fora parecia um tasco tipicamente espanhol, com uma esplanada coberta. Sentámo-nos e ficámos a a aguardar que nos viessem atender.

Uma espanholita veio ver o que queríamos… Comer, pois!… A rapariga torceu-nos o nariz e disse que ia ver o que havia… Aparentemente o forte aqui é beber, não comer… Bolas...

Daí a pouco, volta ela e diz: "chrorizo y morcilia"… Que dieta do cacete… Venha de lá chouriço e morcela para os três…

E vieram de lá duas travessas que facilmente alimentariam quatro…

Eu assim que vi a quantidade, achei que tinha sido asneira… É que normalmente não se come chouriço e morcela ao quilo, a não ser que se queira dar cabo do "sistema"… Mas para meu espanto este petisco não estava carregado com a mesma "potência" dos enchidos portugueses.

A morcela aqui era bastante leve, um recheio à base de cebola que não a tornava nada enjoativa. E o chouriço assemelhava-se mais a um tipo de salsicha, tornando-se também muito fácil de comer… Ora tudo isto a acompanhar com uma dose de pão e estava um almoço feito, e devo dizer que lambemos os beiços com a petiscada. No final ainda vieram para a mesa (sem que ninguém o pedisse) uma travessa com porções de porco frito… Para mim totalmente desnecessário, já estava cheio que nem um ovo…

Tudo pago e arrumado, voltamos bem atestados para cima das motas. Metemo-nos na autovia até Granada e um pouco depois saímos desta para uma nacional que nos levaria em diagonal até Córdoba. Na véspera o Ricardo tinha dado a sugestão de fazermos o caminho por aqui. Contas feitas seria mais meia-hora de caminho, mas também menos quilómetros e sobretudo um percurso menos monótono.

Até aqui tudo bem, nada de chuva. Até estava um Sol agradável e radioso. A nacional revelou-se uma boa opção, pois raramente passava por localidades o que permitiu manter um bom ritmo de andamento.

Parámos numa estação de serviço para reabastecer de combustível e água, e largar outros líquidos.

Deu para fotografar uma nota curiosa por cima dos urinóis no WC



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